Publicado por Adriana Nogueira
| Data da Publicação 23/10/2025 11:05
| Comentários: (0)
O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, atracou no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), nesta quarta-feira (22), para realizar pesquisas geológicas nas bacias do Pará-Maranhão e Barreirinhas, duas das cinco bacias sedimentares que fazem parte da Margem Equatorial Brasileira (MEB). Considerada uma das novas fronteiras para a exploração de petróleo e gás no Brasil, a MEB tem atraído grande atenção devido ao seu potencial energético. A chegada do Ramform Titan ao Maranhão marcou um evento histórico, sendo o primeiro navio de pesquisa sísmica a atracar no Porto do Itaqui, que agora se posiciona como um ponto estratégico para apoiar a exploração nas bacias maranhenses.
A recepção oficial do navio contou com a presença do governador do Maranhão, Carlos Brandão, além de executivos da TGS e autoridades do setor energético. O governador destacou a importância do evento, afirmando que a chegada do Ramform Titan representa um marco para o desenvolvimento do estado, enfatizando que a exploração de petróleo nas bacias do Maranhão impulsionará a economia local.
Com o objetivo de expandir o conhecimento sobre as reservas na região, a TGS está conduzindo dois grandes projetos de levantamento sísmico, nas bacias de Barreirinhas e Pará-Maranhão, utilizando a mais avançada tecnologia para adquirir dados geológicos detalhados. Esses dados são essenciais para determinar o potencial de petróleo e gás na área, com estimativas indicando que a região poderia ter entre 20 a 30 bilhões de barris de petróleo, o que colocaria a Margem Equatorial entre as mais promissoras do mundo.
O diretor-presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, destacou a relevância da exploração na região, apontando que o Maranhão e outras áreas do Norte e Nordeste do Brasil representam uma grande fronteira para a reposição das reservas de petróleo do país. Segundo Duailibe, o desenvolvimento desse potencial é fundamental para garantir a autossuficiência energética do Brasil nas próximas décadas.
A pesquisa sísmica, como a realizada pelo Ramform Titan, utiliza ondas sonoras para mapear as camadas do subsolo, funcionando como uma espécie de “ultrassonografia” do planeta. Esse processo é crucial para a identificação de novos reservatórios de petróleo e gás, ajudando as empresas do setor a tomar decisões informadas sobre onde realizar perfurações e outras operações. O diretor-geral da ANP, Artur Watt, observou que a exploração das bacias do Maranhão ainda depende de novos processos ambientais, mas ressaltou que a ANP acompanha e apoia o desenvolvimento dessa atividade, dado o grande potencial das bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas.
A TGS, uma das maiores empresas do mundo em dados sísmicos, tem mostrado grande otimismo em relação às perspectivas da Margem Equatorial Brasileira. Com uma vasta base de dados e uma experiência consolidada em diversas regiões, a empresa vê a exploração na região como uma oportunidade de ouro para o Brasil. David Hajovsky, vice-presidente global da TGS, afirmou que a recente aprovação de licenças ambientais para perfuração, como no poço de Morpho na Bacia da Foz do Amazonas, é um passo importante para o avanço da exploração na região.
João Correa, gerente da TGS no Brasil, ressaltou que o objetivo da empresa é garantir a máxima precisão e qualidade nas análises sísmicas realizadas na Margem Equatorial. Ele também sublinhou a importância de um ambiente político favorável à pesquisa e exploração da região, pois o Maranhão tem o direito de explorar suas próprias reservas de maneira sustentável, com base na ciência.
A recepção ao Ramform Titan também contou com a presença de diversas lideranças políticas, incluindo o deputado federal Pedro Lucas Fernandes, a senadora Eliziane Gama, e o secretário de Estado. O evento foi um reflexo do crescente interesse e compromisso com o futuro energético do Maranhão e do Brasil, colocando o estado como protagonista no desenvolvimento das novas fronteiras petrolíferas.










Deixe um comentário