Petrobras recebe licença para explorar Margem Equatorial

Publicado por Teresa Cristina
| Data da Publicação 20/10/2025 15:01
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A Petrobras obteve nesta segunda-feira (20) a licença do Ibama para iniciar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na região da Bacia da Foz do Amazonas, próxima à costa do Amapá, no Norte do país. O bloco autorizado para perfuração é o FZA-M-059, localizado a aproximadamente 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e 175 quilômetros da costa.

A decisão encerra um processo de licenciamento que se arrastava desde 2014 e abre caminho para a primeira perfuração em mar aberto nessa região considerada a nova fronteira energética brasileira.

Perfuração imediata e fase inicial de estudos

Segundo a Petrobras, a sonda exploratória iniciará a perfuração imediatamente, em uma operação prevista para durar cinco meses. Nesta fase inicial, a empresa busca informações geológicas detalhadas e avaliar se há petróleo e gás em escala econômica, sem gerar produção comercial nesse momento.

A companhia destaca que todos os requisitos ambientais do Ibama foram cumpridos, incluindo avaliações de impacto e planos de proteção à fauna marinha.

Margem Equatorial: nova fronteira de petróleo

A região tem ganhado destaque por seu potencial petrolífero, reforçado por descobertas recentes de petróleo na Guiana, Guiana Francesa e Suriname, países vizinhos ao Norte do Brasil. A área brasileira se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, consolidando-se como nova fonte estratégica de energia para o país.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial recuperável da Bacia da Foz do Amazonas possa chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente, representando um avanço importante para a soberania energética nacional.

Reação política e institucional

O deputado federal Pedro Lucas (União Brasil), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Exploração da Margem Equatorial, comemorou a autorização. Para ele, trata-se de um “momento histórico” e uma vitória para o Brasil, resultado de diálogo e articulação política entre governo, Congresso e órgãos ambientais.

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reforçou o compromisso da empresa com segurança, responsabilidade e proteção ambiental, destacando os cinco anos de diálogo com governos e órgãos ambientais para obtenção da licença.

Investimentos e perspectivas

A espera pela licença gerou custos de R$ 4 milhões por dia para a Petrobras, segundo a empresa. A operação inicial visa confirmar a presença de petróleo e gás natural e possibilitar investimentos futuros em produção, consolidando o potencial da Margem Equatorial como uma nova fronteira energética mundial.