Justiça determina prisão temporária de infleunciador Capitão Hunter

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou hoje (23) a prisão temporária de João Paulo Manoel, conhecido nas redes sociais como Capitão Hunter. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) e concedido pela 1ª Vara Especializada de Crimes Contra a Criança e o Adolescente.

Manoel é suspeito de cometer os crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. Ontem, quarta-feira (22), ele foi detido em São Paulo, pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima do Rio de Janeiro (DCAV), com apoio da Polícia Civil paulista.

De acordo com o MPRJ, a mãe de uma das vítimas, uma menina de 11 anos, procurou em setembro deste ano a Delegacia da Criança e do Adolescente do Rio para denunciar o homem. A responsável mostrou conversas por meio das redes sociais entre a criança e Manoel, que tem 45 anos, com pedidos de cunho sexual.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio, o criminoso prometeu que acompanharia e apoiaria a menina em jogos.

“A vítima relatou que o homem passou a pedir conteúdos de cunho sexual, como fotos íntimas, oferecendo produtos da franquia [Pokémon]. O homem também enviou diversas fotos inapropriadas dele para a menina”, disse a secretaria, em nota.

Segundo a pasta, foi possível confirmar a conduta do influenciador em conversas gravadas pela menina. O mesmo homem teria abordado, da mesma maneira, um menino de 11 anos.

A Agência Brasil procurou a defesa de Manoel, mas não obteve contato. As contas do youtuber estão fora do ar nas redes sociais. A reportagem também não teve acesso à defesa dele.

Capitão Hunter tem cerca de 1 milhão de seguidores em seus perfis, cujos conteúdos são, principalmente, games e animações, em especial da franquia Pokémon. O público de Manoel é majoritariamente composto por crianças e adolescentes. Ele também tem uma loja, onde comercializa diversos produtos.